sábado, 20 de fevereiro de 2010

Novo Curso de Voo á vela em Mogadouro

Foto: José Loureiro
Mogadouro já formou um terço dos pilotos que tiraram o curso em Portugal, nos últimos 3 anos

Um terço dos pilotos de planadores, formados em Portugal nos últimos 3 anos, tiraram o curso no Centro Internacional de Voo à Vela (CIVVM), que funciona no Aeródromo Municipal de Mogadouro.


No passado fim-de-semana arrancou o segundo curso de formação de pilotos, que conta com nove alunos, seis dos quais oriundos de Mogadouro, um de Bragança e dois da zona do Porto. Alguns destes alunos já têm qualificações aeronáuticas, havendo casos de formandos a frequentar escolas de aviação comercial.

No que toca ao curso anterior, já existem cinco pilotos com habitações para voar em planadores e um com habilitações para operar em moto planador.

Atendendo aos números, os responsáveis pelo CIVV acreditam que, a médio prazo, Mogadouro possa formar “mais de metade do pilotos de voo planado em Portugal”. Quanto ao corpo técnico, o vice-presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, João Henriques, garante que é pessoal “altamente qualificado” para instrução do voo planado, entre eles alguns pilotos a dar formação gratuitamente.

O aeródromo de Mogadouro começou a funcionar há cerca de quatros anos e, além do voo à vela, dá apoio a acções da Protecção Civil. “Obedece a todas as indicações do Instituto Nacional de Aviação Civil e é uma referência neste tipo de infra-estrutura”, sustenta o autarca.


Por outro lado, a pista serve de plataforma a aeronaves de combate a incêndios, já que dispõe de reservatórios de água e combustível.

Recorde-se que o Planalto Mirandês já é procurado por pilotos de outras regiões do País e do estrangeiro, que utilizam a pista de Mogadouro para as suas actividades aeronáuticas, como é o caso de emigrantes que se deslocam à região em férias. No que diz respeito ao voo planado, também há pilotos espanhóis e franceses a utilizarem aquela estrutura.


Para além destas actividades, o aeródromo de Mogadouro já serviu de ponto de chegada e partida a várias voltas aéreas que percorrem os céus peninsulares.

Artur Gonçalves, piloto e instrutor de voo à vela, considera que a vila dispõe de uma estrutura a funcionar com estabilidade, gestão profissional e, acima de tudo, com segurança. “ Em Portugal não existe nenhum outro campo de voo à vela com as condições do aeródromo de Mogadouro”, afiança o piloto.



Por: Francisco Pinto